.Reflexões, Frases, Cotidiano, Pensamentos, Família, Espiritualidade.

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Pensamentos, Espiritualidade, Família,Cotidiano, Frases, Reflexão

quarta-feira, 1 de maio de 2024

 Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 02-05 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Onde vive o nosso Eu Verdadeiropara leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

Onde vivível o nosso Eu verdadeiro 

Tua vida, meu irmão, é uma casa afastada de todas as outras casas, onde vive teu eu verdadeiro, bem diferente das aparências que os homens chamam com teu nome.

Se essa casa for escura ou vazia, não poderás iluminá-la com as lâmpadas de teu vizinho nem enchê-la com os seus bens.

E se estiver no deserto, não a poderás transferir para um jardim plantado por outros, e se estiver no pico de uma montanha, não poderás baixá-la para um vale onde os caminhos foram abertos por outros pés.

Nossas vidas interiores, meu irmão, são rodeadas pelo isolamento e a solidão. Sem eles, tu não serias tu e eu não seria eu.

Sem eles, confundirias tua voz com a minha voz, e quando olhasses no espelho, não saberias se estavas vendo-te a ti mesmo ou a mim.

*   *   *

As palavras de Khalil Gibran calam fundo na alma...

Não somos a imagem que vemos no espelho. Não somos as aparências. Nessa casa, afastada de todas as outras, vive nosso eu real, eu Espírito.

E cada um deve iluminar a sua casa com suas próprias conquistas. As lâmpadas dos vizinhos nos seduzem, até nos inspiram, mas nossa iluminação precisa vir de dentro.

Não adianta casar com alguém bom para viver a bondade. Não adianta receber um amor infinito para termos amor para sempre. Não adianta estarmos próximos a pessoas felizes para vivermos a felicidade.

Os bens do outro são do outro. Podemos até usufruir deles, pela bondade divina, mas apenas como forma de motivação, para que tenhamos forças e exemplo para lograr os nossos próprios, ao nosso tempo.

Se essa nossa casa estiver ainda no deserto, caberá a nós, apenas a nós, transformar a aridez em jardim florido.

E todos os caminhos precisam ser abertos por nossos próprios pés...

Somos individualidades. Não há um ser igual ao outro neste Universo. E dentro de cada individualidade há uma espécie de solidão, um lugar onde todos estamos sós.

Solidão que machuca enquanto ainda somos mais sombra do que luz, mas que depois se harmoniza e se transforma em solitude – uma unidade saudável da criatura com o Criador.

Nosso Pai reservou plano especial no Universo para cada um de nós. Não há insignificância alguma no Cosmo, por menor que possamos nos imaginar.

Acreditar-se pequeno, ou insignificante é, ainda, típico de quem não se encontrou em profundidade, de quem não conhece sua própria casa no Universo.

Somos grandes, somos capazes, somos parte de um todo perfeito, por isso somos fadados à perfeição individual.

*  *   *

Quando a sombra de um desânimo qualquer desejar bater à porta de nossa casa, lembremos da grandiosidade do Universo e de que fazemos parte disso tudo. Lembremos de que somos importantes.

Não permitamos que as distrações ou as vicissitudes da vida enfraqueçam nossas forças. Elas são parte do ensino apenas, do ensino desta grande escola chamada Terra.

*   *   *

Tua vida, meu irmão, é uma casa afastada de todas as outras casas, onde vive teu eu verdadeiro, bem diferente das aparências que os homens chamam com teu nome.


Redação do Momento Espírita 


quinta-feira, 25 de abril de 2024

 Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 25 04 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Nossos Valores Íntimos, para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 Nossos Valores Íntimos 

Todos trazemos na intimidade o somatório das experiências realizadas em nossa trajetória evolutiva.

São nossas conquistas intelectuais, nossas habilidades, nossas competências.

Da mesma maneira, os valores e sentimentos que nos movem,  que habitam nosso coração, representam o resultado dos esforços encetados até este momento.

Podemos dizer, na verdade, que tudo aquilo que constitui nosso mundo íntimo, seja no campo do intelecto, seja no dos valores morais, é o resultado do uso do livre-arbítrio em nossas vivências.

Sábios e gênios, almas elevadas e corações bondosos, nada se constitui dom divino mas, sim, conquistas da alma ao longo de suas experiências.

Percebemos, dessa forma, que não há favorecimento especial de Deus para uns em detrimento de outros.

Somos os herdeiros de nós mesmos, das nossas construções íntimas, dos nossos aprendizados.

Por isso mesmo, alguns valores equivocados também são o resultado das aquisições que encetamos em nosso caminhar: más inclinações, pendores dificultosos, tendências a serem corrigidas.

Natural de nosso processo evolutivo, tudo que se constitua desarmonia e perturbação, é convite para a mudança íntima.

O esforço em prol do exercício das virtudes, que plenificam, é a decisão que nos cabe, quando a lucidez e o entendimento maior da vida nos chegam.

Se percebemos que ainda carregamos na intimidade valores que vão de encontro aos nossos desejos de melhora e progresso, é hora de mudar.

Será a disciplina, no esforço e exercício constantes de substituir antigos valores por novas posturas, mais saudáveis e plenificadoras, que nos abrirá novos horizontes.

Não há porque exasperar-se se ainda percebemos dificuldades na alma.

Desejaríamos perdoar, mas ainda nos magoamos.

Gostaríamos de não sentir raiva, mas nos deixamos perturbar quando nos sentimos agredidos.

Anelamos não alimentar animosidade, mas nos permitimos criar silêncios e dificuldades outras, nas relações cotidianas.

A origem do mal, que tem guarida em nossa intimidade, se encontra no uso inadequado do nosso livre-arbítrio.

Portanto, será exatamente através da utilização correta dessa liberdade de agir, oferecida por Deus, que construiremos novos valores, a fim de renovar nossas paisagens interiores.

Porém, da mesma forma que não devemos nos afligir pelas dificuldades que ainda moram em nosso coração, não devemos nos permitir acomodação com tais inclinações.

Se já conseguimos perceber que há algo a modificar em nós mesmos, é sinal de que devemos nos empenhar para a melhoria.

Meditar e considerar a excelente oportunidade que dispomos para o crescimento íntimo por meio do bem, no labor pela nossa transformação moral, é tarefa inadiável.

Resta o passo definitivo, no esforço da mudança íntima, na tomada de nova postura.

Ao afirmar que somos a luz do mundo, o Mestre Nazareno dava provas incondicionais da grande potencialidade que guardamos, esperando o esforço pessoal para desabrochar.

 

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 17 de abril de 2024

 Quinta-feira dia 18-04 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, É se a vida não fosse um só Livro?, para leitura e reflexão. 

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 E se a Vida não fosse um só Livro? 

Comparam a existência humana a muitas coisas.

Já a igualaram a uma estrada. Outros a mostraram similar a uma grande viagem. Alguns a fizeram parecer a escalada de uma montanha exuberante.

Há aqueles que dizem que a vida é um grande livro, uma autobiografia que vamos escrevendo desde o momento em que nascemos.

Curiosa comparação. Imaginemos mesmo se a vida pudesse ser igualada a uma obra literária, dessas bem espessas. Nas primeiras páginas os primeiros anos e nas últimas os derradeiros.

Páginas de dor, páginas de alegria. Páginas de conquistas, páginas de frustrações. Páginas de sacrifício, páginas de recompensa. Todas estariam registrando ipsis literis o que vivemos, sentimos e fizemos.

Um único livro. Uma única existência.

Ampliemos um pouco mais essa visão, pensando fora da caixa: E se a vida não fosse apenas um livro? E se a existência do Espírito fosse uma biblioteca inteira?

Sim, se nossa história fosse contada por dezenas, centenas de livros que vão sendo armazenados num grande salão repleto de estantes majestosas.

Cada nova vida, cada nova encarnação, um novo livro. Os livros mais recentes terão sempre relação com os antigos. Quando iniciamos um novo, teremos impressão que se trata do primeiro, porém será apenas mais um.

Isso explicaria muitas coisas, como por exemplo nossas habilidades inatas, nossas tendências, as dificuldades que temos, o fato de alguns nascerem em meio a facilidades e outros com tantas carências.

Isso porque o que escrevemos nos livros anteriores foi uma espécie de semeadura, um prefácio para essa nova obra. Os livros antigos guardarão sempre relação com os novos.

Falemos claramente: somos seres imortais e de muitas encarnações, muitas experiências.

Provavelmente, não nos recordemos disso, talvez não tenhamos acesso a tais lembranças neste momento, pois a Providência Divina é muito sábia e quis que cada novo livro tivesse esse frescor de renovação, de nova oportunidade.

Quando precisar lembrar ou ter acesso a essas lembranças, recordaremos.

Importante é saber que nossa vida é muito maior do que apenas a história que estamos escrevendo agora. Que no momento estamos colhendo o que plantamos, e que estamos, diariamente, semeando o futuro.

Pensemos nisso quando estivermos diante de qualquer decisão, das nossas escolhas importantes, daquilo que queremos para nós, de agora em diante.

Interessante é saber que todos estamos nesse mesmo processo. Tanto nossos amores como nossos adversários.

Assim, amemos. Amemos cada vez mais e melhor, pois o amor jamais será perdido e nunca perdemos ninguém.

Também perdoemos, nos reconciliemos o quanto antes, pois se não for agora, será no próximo volume de nossa coleção de encarnações.

Continuemos escrevendo uma bela história, repleta de alegria e de amor ao próximo.

Que ela tenha muitos personagens e que possamos ser luz na vida de todos eles.

Que mesmo nos parágrafos de dificuldades possamos nos lembrar que logo mais chegarão novas páginas, novos capítulos e também novos livros.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 10 de abril de 2024

 Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 11-04 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Convicção , para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 Convicção 

O homem se torna muitas vezes o que ele próprio acredita que é.

Se insisto em repetir para mim mesmo que não posso fazer uma determinada coisa, é possível que acabe me tornando realmente incapaz de fazê-la.

Ao contrário, se tenho a convicção de que posso fazê-la, certamente adquirirei a capacidade de realizá-la, mesmo que não a tenha no começo.

*   *   *

As palavras atribuídas a Gandhi são um grande incentivo para a alma que deseja crescer.

A convicção íntima determina o mundo que criamos fora de nós, determina o que somos e o que podemos ser.

Segundo a definição de dicionário, convicção é essa certeza obtida por fatos ou razões, que não deixam dúvida e não dão lugar a objeções.

Poderíamos então questionar: Como posso conseguir tal certeza íntima? Onde posso obter tais fatos, tais razões?

Bem, se quisermos começar com os fatos, poderemos fazer um exercício de memória, e lembrar de quantas outras conquistas já fizemos.

Poderemos vasculhar no passado, e perceber que somos vitoriosos, pois já sobrevivemos a muitos flagelos, e com isso conquistamos mais forças.

O que muitos chamam de fé em si mesmo pode estar com sua base em fatos, sim.

Muitas vezes parecemos esquecer de quantas coisas conquistamos com nossa determinação, nossa força de vontade, nossa insistência.

Temos vitórias em nossa história, sim! É preciso localizá-las, e torná-las alicerces para as próximas.

*   *   *

Passando agora para as razões, a questão a ser analisada seria: Que razões alimentam minha certeza de conseguir, de ser capaz?

Podemos encontrar tais razões no Universo, em primeiro lugar.

Tudo no Universo, em todos seus elementos, respira evolução.

Todas as leis, que regem cada acontecimento nele, proclamam evolução.

Dessa forma, entenderemos a afirmativa de Goethe: O Universo conspira a nosso favor.

Sim, tudo conspira para nossa evolução, para nosso crescer constante e certo.

Por mais que certos fatos e experiências pareçam, numa primeira avaliação, desastres, males e desgraças sem razão, uma visão mais abrangente e profunda irá nos mostrar que não.

Todas as experiências da vida, das mais belas às mais tristes, nos fazem crescer, nos colocam nos trilhos da lei de evolução.

Isso nos fará notar que sempre teremos razões para acreditar em nosso sucesso, pois ele é certo.

Em que momento virá? Eis uma questão cuja resposta é de cada um.

Acreditar em nossas forças, ter convicção, é crer em Deus, da forma mais bela e madura possível.

Acreditar em nossas forças é compreender as leis do Universo e se encantar com elas, dia após dia, em seus mais surpreendentes detalhes.

Se uma convicção sincera habitar nossa alma, nos descobriremos capazes de coisas inimagináveis até agora.

Somos deuses potenciais descobrindo nossos poderes.

 

Você sabia?

 

A palavra entusiasmo é, sem dúvida, uma das mais belas inventadas pelo homem.

Em sua etimologia vamos encontrar o grego in theus, isto é, ter Deus dentro de nós, ter tônus vital, energia.

Isso nos leva a perceber que junto de nossas forças íntimas está sempre Deus, nos impulsionando para frente. 

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 3 de abril de 2024

 Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 04-04 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Cativar para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

  Cativar 

Foi então que apareceu a raposa.

“Bom dia.” – Disse a raposa.

“Bom dia.” – Respondeu o principezinho com delicadeza. Mas, ao voltar-se não viu ninguém.

“Estou aqui.” – Disse a voz – “Debaixo da macieira…”

“Quem és tu?” – Disse o principezinho. – “És bem bonita…”.

“Sou uma raposa.”

“Anda, vem brincar comigo.” – Propôs-lhe o principezinho. –“Estou tão triste…”

“Não posso brincar contigo.” – Disse a raposa. – “Ainda ninguém me cativou.”

“Ah! Perdão.” – Disse o principezinho.

Mas, depois de ter refletido, acrescentou: – “Que significa cativar”?

“Tu não deves ser daqui.” – Disse a raposa. – “Que procuras?”

“Procuro os homens.” – Disse o principezinho. – “Que significa cativar”?

“Os homens” – disse a raposa – “têm espingardas e caçam. É uma maçada! Também criam galinhas. É o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?”

“Não.” – Disse o principezinho. – “Ando à procura de amigos. Que significa cativar”?

“É uma coisa de que toda a gente se esqueceu.” – Disse a raposa. – “Significa criar laços…

“Criar laços?”

“Isso mesmo.” – Disse a raposa. – “Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas.

Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti…”

-“Começo a compreender.” – Disse o principezinho. – “Existe uma flor... creio que ela me cativou.”

“É possível.” – Disse a raposa. – “Vê-se de tudo à superfície da Terra…”

*   *   *

Saint-Exupéry, em sua obra-prima, O pequeno príncipe, apresenta questões existenciais de fundamental importância.

Uma delas diz respeito ao cativar, ao criar laços.

Numa época em que muitas de nossas relações ainda não saíram de uma superficialidade pálida e cômoda, faz bem poder pensar sobre o criar laços.

Criar laços é, antes de tudo, entregar-se a uma relação de coração aberto.

É também estar disposto a se doar ao outro, sem exigir nada em troca. A troca, numa relação, é consequência e combustível, mas jamais poderá ser condição.

Com o cativar vem a responsabilidade. Exupéry coloca também, na voz de sua raposa, que somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos.

Em qualquer laço criado, a responsabilidade vem junto, colocando as partes numa posição de respeito e dependência de uma para com a outra.

Laços não são descartáveis. O amor não é descartável.

Somos responsáveis por quem cativamos, por quem depende de nosso amor na face da Terra. Não falamos de uma responsabilidade que prende e sufoca, mas a responsabilidade leve e doce, que só o amor promove.

Que busquemos, neste curto período de cada encarnação, criar laços profundos.

Os laços de amor levamos conosco, e nunca se perdem.

Cative e deixe-se cativar.

Pense nisso.

 

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 28 de março de 2024

 Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 28-03 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, A Casa sobre a Rocha, para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 A Casa Sobre a Rocha 

O chamado Sermão do Monte de Jesus é a maior declaração de amor que a Humanidade recebeu, ao longo das eras.

O conteúdo, a forma, a estrutura da Carta Magna do bem são perfeitos, irretocáveis.

O homem-paz, Mahatma Gandhi, foi capaz de dizer que se fossem perdidos todos os textos sacros da Humanidade, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido.

Sábia observação pois, realmente, está ali o mais seguro guia de conduta de que se tem notícia.

Não só pelas nove bem-aventuranças que cantam esperança, mostrando um futuro feliz para os corações sedentos de orientação e consolo mas, também, pela postura perante a lei antiga, mostrando que teve seu tempo, sua validade, no entanto, precisava de reforma, de melhoria. Precisava dar o próximo passo.

São muitas orientações, algumas brandas, outras enérgicas.

É no Sermão do Monte que Jesus fala que não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte, conclamando-nos a fazer brilhar a luz interior que todos temos.

É ali que fala do amor aos inimigos, jamais pensado, jamais considerado antes por alguém. Uma proposta revolucionária e de beleza inigualável pelas nuances intrínsecas.

Foi do alto daquele monte que nos ensinou a orar, primeiro recomendando que a oração fosse realizada em nosso quarto interno.

Depois, orientando-nos a evitar o palavreado excessivo, tornando o ato de falar com Deus uma conversa amiga, desprovida de ritos ou pomposidades.

Por fim recita o Pai nosso...

Como esquecer aquela oração, aquele roteiro, aquele poema de luz!

Quantas almas, ao longo das eras, já se libertaram de seus sofrimentos atrozes, nas asas de um Pai nossofeito de coração! Quantas almas...

Em seguida, fala dos tesouros do céu, mostrando que são os únicos que levamos daqui, os únicos verdadeiramente reais para nossa vida espiritual.

Olhai as aves do céu... Não semeiam, nem ceifam... E vosso Pai celestial as alimenta...

Que consolo aos de vida material sofrida, aos que padecem a falta do necessário saber que alguém os cuida com carinho...

Do alto da montanha ainda diz JesusPedi e vos será dado. Buscai e encontrareis. Batei e será aberto para vós.

Fez-nos deuses das possibilidades, das realizações através de uma vontade pulsante no íntimo.

Termina o grande poema de forma majestosa e didática:

Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.

Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; precipitaram-se contra aquela casa, mas não desabou.

*   *   *

Construir nossa casa sobre a rocha é buscar a prática dos ensinos do Cristo em nossa vida diária.

De nada vale conhecer as palavras, os conteúdos, se eles não nos fazem homens e mulheres melhores, se não nos transformam em pessoas de bem.

Construir nossa casa sobre a rocha é perguntar sempre: Qual o comportamento cristão nesta circunstância?

Em cada decisão, questionar: Qual a decisão que me leva ao bem do meu próximo? Que me transforma em farol de luz sobre os alqueires do mundo atual?

É tempo de construir essa nova casa, nos dias de hoje, finalmente, sobre a rocha.

 

Redação do Momento Espírita


quarta-feira, 20 de março de 2024

 Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 21-03 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, A Estação em Nós, para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

A Estação em Nós

Quando chega a primavera, ela se veste de flores, cores e perfumes.

O clima se faz propício para a reprodução das plantas.

Os animais comemoram brincando e trazendo mais vida e alegria.

As temperaturas vão aumentando gradualmente, as águas dos rios e do mar se aquecem.

A poesia nessa estação é inspirada pela variedade de cores que apresenta.

As pessoas ganham novas energias e se entusiasmam a cultivar seus jardins, hortas e pomares.

Tudo transpira liberdade e vida, amor e alegria, risos e brincadeiras.

O sol brilha aquecendo, e as plantas renascendo, se espreguiçam vaidosas.

É depois de um intenso período cinza e frio, que ela chega, intermediando o próximo verão.

Fica muito claro, nesse período, o ciclo das estações do ano: a primavera gargalhando vida, o verão trazendo o auge do seu esplendor, o outono permitindo a colheita dos frutos e o inverno se vestindo de neve e frio, declinando do ciclo mágico.

*   *   *

Assim como as estações se sucedem, em nossa vida também passamos por ciclos.

Podemos comparar a primavera com nosso renascimento, no planeta, com a infância despreocupada e a juventude plena de energia.

A maturidade pode ser comparada ao esplendor do verão, que se apresenta como a força da natureza em cada ser.

O outono significa aquele período especial das realidades particulares, na colheita dos plantios realizados. Também período em que podem ocorrer perdas significativas.

São os amores que partem, a pouco e pouco, amizades que demandam o grande lar.

E o inverno seria o decrescer das forças físicas, que desaceleram gradativamente.

Tempo de recolhimento e de meditação, tempo de analisar os anos transcorridos e formular planos para um novo período.

Importante que saibamos aproveitar cada ciclo, que entendamos a importância de cada estação, que tenhamos a sabedoria de usufruir, em totalidade, cada momento, como único e irrecuperável.

Em síntese: viver em totalidade.

*   *   *

Necessário tratarmo-nos como um templo divino que merece respeito, carinho, perdão e amor.

Autoconhecimento é a primavera florida e rica de recados para um futuro promissor.

Autotransformação é o rigor do verão dos aprendizados que temperam e equilibram, seguidos pela ruptura do outono, que recicla, por meio das perdas necessárias e inadiáveis.

Autoamor é o inverno, a busca permanente da alma em se recolher e se aquecer com o próprio calor, com os próprios recursos.

Somos nós com nós mesmos, nos destinos da vida.

Os ciclos da vida somente fluem quando celebramos a nossa história pessoal.

Não sejamos cópia de ninguém.

Cada um de nós nasce para florir e embelezar a vida de um modo único.

Meditemos a respeito. Saibamos florescer, dar frutos, nos permitir o colorir das nuances outonais, até alcançar a neve dos dias de inverno.

Vivamos cada estação com alegria, descobrindo-lhe a beleza, a ousadia, a oportunidade.

Não lamentemos os dias idos, nem choremos o ontem. A melhor estação é a que estamos vivendo. 

Redação do Momento Espírita