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Pensamentos, Espiritualidade, Família,Cotidiano, Frases, Reflexão

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 Evangelho no 🏡 

Quinta-feira dia 27-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Sejamos Estrela, para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

Sejamos Estrela  

Diz o poema:

Se desejas luz na tua vida

Sê estrela na noite de alguém.

Pode parecer fantasista demais, romântico em excesso, mas há um sentido profundo e prático na proposta do poeta.

Quando nos dispomos a iluminar a noite de alguém, quando nos propomos ao auxílio, à solidariedade desinteressada, naturalmente fazemos luz em nosso próprio caminho.

Curioso? Misterioso? Não, é parte intocável das leis universais. Leis que ainda estamos aprendendo a conhecer.

O amor é lei universal e as nuances do funcionamento, da ação dessa lei, são deslumbrantes.

Tudo foi criado por amor e para amar. Os desvios, oposições e turbulências que enxergamos nos dias, são apenas anomalias do caminho.

Logo retornam ao estado fundamental, ao equilíbrio, justamente pela atuação das leis maiores.

Dentro da proposta apresentada vejamos um exemplo simples:

Estamos num quarto escuro. A ausência de iluminação nos faz tatear. Falta-nos entendimento e compreensão do que está próximo de nós, muitas vezes.

Uma lâmpada se acende. Por mais fraca que seja, uma nova realidade se apresenta. Percebemos muito mais do que antes. Alguns conseguimos até caminhar, pelo cômodo, sem esbarrar em nada e nos ferirmos.

Aprendamos a ser gratos aos que são esses focos luminescentes em nossas vidas, pois fazem a diferença em nosso viver.

Agora enxerguemos a cena por outro ponto de vista: da lâmpada.

Quando ela se acende, quase que instantaneamente clareia o ambiente. No entanto, olhos mais atentos perceberão um detalhe: a primeira superfície que se ilumina, em verdade, é a própria lâmpada.

Olhos humanos não captam, a lâmpada não percebe, mas é o que ocorre na prática: ela se ilumina antes de iluminar o mundo exterior.

É um exemplo simples, uma tentativa acanhada de penetrar na grandiosidade do Criador e Sua legislação, porém, nos oferece uma forma de entender o que se passa toda vez que nos propomos a ser estrela, a ser lâmpada.

Iluminamo-nos, em primeiro lugar, sempre que nos lançamos a clarear os caminhos de algum irmão, sempre que nosso coração compassivo adentra na escuridão de alguém fazendo breve luzeiro.

Asim, sejamos lâmpada, sejamos estrela, sejamos qualquer luzinha possível e veremos a mudança que poucos raios brilhantes fazem em nossa própria casa íntima.

*   *   *

Na máxima Fora da caridade não há salvação podemos entender perfeitamente a proposta do sermos estrela.

Ao praticar a caridade nos doamos, somos benevolentes, indulgentes e perdoamos. Jogamos luz sobre nosso próximo.

No entanto, notemos bem que, ao agirmos no bem, ao cultivarmos a indulgência e o perdão estamos igualmente nos salvando.

Salvar-se é uma figura de linguagem que representa a ideia de autoiluminação, de autoconquista.

O amor age em todos os sentidos, por isso é lei universal.

Ao amar, estamos cultivando amor-próprio e, ao cuidar dessas duas formas fundamentais de amor, estaremos irradiando amor ao Criador.

Por isso:

Se desejas luz na tua vida

Sê estrela na noite de alguém.

Redação do Momento Espírita, com citação do poema Sê Estrela,
 de Andrey Cechelero, da obra 
O Essencial e o Invisível,
 ed. Immortality Books


quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Evangelho no Lar🏡

Quinta-feira dia 19-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto
, Viva como as Flores , para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

Viva como as Flores  

Em um antigo mosteiro budista, um jovem monge questiona o mestre: Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes, muitas são indiferentes.

Sinto ódio das mentirosas e sofro com as que caluniam.

Pois viva como as flores, orientou o mestre.

E como é viver como as flores? -  Perguntou o discípulo.

Repare nas flores, falou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim.

Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem, do adubo malcheiroso, tudo que lhes é útil e saudável... mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.

É justo inquietar-se com as próprias imperfeições, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o perturbem.

Os defeitos deles são deles e não seus.

Se não são seus, não há razão para aborrecimento.

Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.

Isso é viver como as flores.

Numa simples orientação, sem dúvida, uma grande e nobre lição de bem-viver.

Mas, para viver como as flores, é preciso, ainda, observar outras características que elas nos oferecem como exemplo.

Importante notar que nem todas as flores têm facilidades, mas todas têm algo em comum: florescem onde foram plantadas.

Seja em terreno hostil, em meio a pedregulhos ou em jardins tecnicamente bem cuidados, as flores surgem para perfumar e embelezar a vida.

Existem as flores heroínas, que precisam lutar com valentia por um lugar ao sol. São aquelas que surgem em minúsculas frinchas, abertas em calçadas ou muros de concreto.

Precisam encontrar, com firmeza e determinação, um espaço para brotar, crescer e florescer.

Há flores, cujas sementes ficam sob o solo escaldante do deserto por muitos anos, esperando que um dia as gotas da chuva tornem possível emergir...

E, então, surgem, por poucos dias, só para espalhar seu perfume e lançar ao solo novas sementes, que germinarão e florescerão ao seu tempo.

Em campos cobertos de neve, há flores esperando que o sol da primavera derreta o gelo para despertar de sua letargia e colorir a paisagem, em exuberância de cores e perfumes.

Ah! Como as flores sabem executar com maestria a missão que o Criador lhes confia!

Existem, ainda, flores resignadas, que se imolam na tentativa de tornar menos tristes as cerimônias fúnebres dos seres humanos... enfeitando coroas sem vida.

Viver como as flores, portanto, é muito mais do que saber retirar vida, beleza e perfume, do estrume...

É mais do que florescer em desertos áridos e em terrenos inóspitos...

É mais do que buscar um lugar ao sol, estando numa cova escura sob o concreto espesso...

É mais do que suportar a poda e responder com mais vida e mais exuberância...

Viver como as flores é entender e executar a missão que cabe a você, a mais bela e valorosa criatura de Deus, para quem todas as flores foram criadas...

*   *   *

As flores são uma das mais belas e delicadas formas de expressão do Divino Artista da natureza.

Parece mesmo que o Criador as projetou e as colocou no mundo para nos falar da grandeza do Seu amor por nós, e também como lições silenciosas a nos mostrar como florescer e frutificar, apesar de todos os obstáculos da caminhada...

          Pense nisso, e imite as flores!

Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Evangelho no Lar🏡

 Quinta-feira dia 13-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Visualizar, para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 Visualizar 

Vivemos, na atualidade, fenômenos culturais muito curiosos. Um deles é o das novas palavras e novos significados para termos antes pouco utilizados.

Pela primeira vez na História, no ano de 2015, o Dicionário Oxford elegeu não uma palavra propriamente dita, mas um emoji, como palavra do ano.

emoji é uma imagem pictográfica que representa uma palavra ou frase. No caso, a imagem vencedora representava um rosto com lágrimas de alegria.

Todos os anos, a editora elege a palavra que, naquele período, atraiu muito interesse.

Os termos candidatos ao prêmio são debatidos por um júri que, segundo a instituição, escolhe o vencedor com base no potencial duradouro e na significância cultural.

Uma outra palavra que ganhou novo significado foi o verbo visualizar.

Visualizar é diferente de olhar, de ver ou ler.

Visualizar é tomar ciência de algo, num golpe de olhar apenas, sem qualquer tipo de aprofundamento.

O verbo visualizar também instaurou uma urgência pela resposta, pois se alguém visualiza algo e não responde de imediato, desperta do lado de lá uma imensa preocupação.

Visualizou: precisa responder imediatamente.

Visualiza-se algo, mas não se reflete sobre aquilo. Visualizamos uma mensagem e temos pouco ou nenhum tempo de elaborar, seja um pensamento ou uma resposta.

Jacques Lacan, importante psicanalista francês, levanta uma questão que ele chama de tempo lógico.

Para ele, haveria uma diferenciação entre três tempos: o tempo de ver, de compreender e de concluir.

O tempo de ver é o tempo no qual uma certa percepção chega até cada um de nós. É o impacto sensorial que temos quando percebemos alguma coisa.

O tempo de compreender é aquele no qual lemos essa percepção a partir de acontecimentos anteriores de nossa vida, e que fazem com que essa percepção ganhe algum sentido para nós.

Finalmente, é a partir do tempo de concluir que cada um realiza um certo ato, se implica numa decisão, escolhe o que fazer a partir daquilo que compreendeu.

Diante do novo sentido utilizado para o verbo visualizar, temos uma espécie de achatamento entre o que vemos e a precipitação no ato.

Encontramo-nos impelidos sempre a uma resposta, como se ela pudesse ser automática.

Não há o tempo de pensar, de refletir, de analisar.

O novo sentido do verbo passa a ter ares de indiferença, pois é um olhar apressado, quase desinteressado.

Podemos deixar de ver, de compreender e concluir, diante das dores alheias, diante do mundo que pulsa a nossa volta e pede ajuda.

Podemos começar a apenas visualizar nossos amores, suas falas e dificuldades.

Podemos começar a simplesmente visualizar o mundo, ao invés de fazer parte dele ativamente.

*   *   *

Em tempos em que se contam e comemoram visualizações, é fundamental lembrar que relações saudáveis exigem atenção e tato, exigem dedicação e tempo.

Precisamos nos dar e dar ao outro o tempo de compreender e concluir. Decisões e respostas apressadas trazem consequências graves e, muitas vezes, irreversíveis.

Aceitamos com facilidade as demandas urgentes de um mundo agitado e impaciente. Está na hora de reassumirmos o controle de tudo, com calma, análise e profundidade.


Redação do Momento Espírita, com base em palestra
proferida pela psicanalista Julieta Jerusalinki, no
Programa Café Filosófico

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

 Evangelho no Lar🏡

Quinta-feira dia 06-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, O Sol da Esperança  para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

O Sol da Esperança  

Por vezes, a vida nos oferece maus momentos. Sofrimento, lágrimas e infelicidade nos visitam e nos sentimos desesperançados e infelizes.

Nesses momentos amargos, em que a alma dolorida se volta para Deus e indaga Por que passo por essas provações?, é a hora em que devemos lembrar de uma palavra luminosa: a esperança.

Narra a tradição grega que uma jovem chamada Pandora recebeu uma bela caixa com a recomendação de jamais abri-la.

Mas Pandora era curiosa e desobediente. Ao abrir a caixa, ela liberou todos os males, misérias e sofrimentos no Mundo.

Desesperada, Pandora chorou. Mais tarde, viu que, após saírem todas as mazelas, havia ficado, no fundo da caixa, a esperança. 

Brilhava sozinha a esperança - um fiozinho de luz que pulsava. Mas que poder possuía!

*   *   *

O mito de Pandora deve ser refletido profundamente, em especial quando estamos atravessando momentos difíceis.

Observe que, na lenda grega, é um ato da própria Pandora que liberta os males do Mundo. Na nossa vida não é muito diferente: em geral, somos nós mesmos que, de alguma forma, provocamos muitos males que nos atingem.

Por isso, cada momento difícil é uma oportunidade de meditarmos e analisarmos qual foi a nossa contribuição para aquela situação.

No entanto, a lenda de Pandora vai além: ela mostra que - apesar da gravidade dos sofrimentos - não estamos completamente sós: há uma luz posta por Deus para nos consolar e devolver o brilho em nossos olhos.

Essa luz é a esperança.

Esperança que restaura as forças, reequilibra o coração, acalma as emoções.

A esperança é a mão generosa que acende a luz quando estamos mergulhados na treva profunda. É medicamento quando nos contorcemos em dores.

Esperança é canção suave, que nos acalenta quando nos sentimos desamparados. É um olhar de compaixão no instante em que o Mundo nos rejeita.

A esperança nasce de gestos de generosidade, de atitudes espontâneas, de palavras corretas.

Mas não se habitue apenas a aguardar que a esperança venha gratuitamente se aninhar no seu coração. Abra as portas da alma para ela!

Para isso, é necessário educar o coração.

A esperança é como um visitante importante. Devemos nos preparar adequadamente para recebê-la. A primeira atitude é retirar a poeira do pessimismo.

Depois, varrer as sujeiras acumuladas pela mágoa. Essas sujeirinhas têm vários nomes: rancor, maledicência, desejo de vingança.

Em seguida, com a casa mental bem limpa, é hora de perfumá-la com bons pensamentos, sorrisos, serenidade e otimismo.

Então, quando menos se espera, eis que chega a esperança. Viaja em uma carruagem dourada, espalha flores pelo caminho e se instala no Espírito fazendo festa.

É uma presença tão forte, tão bela, que transforma de imediato o ambiente em que se hospeda: impregna a alma de coragem e de alegria.

Esperança é um sol que nasce após uma longa noite escura. Chega trazendo calor e a luz dourada de um dia cheio de boas realizações. Ela aponta, firme, para um futuro radioso. Basta recebê-la.

Redação do Momento Espírita