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Pensamentos, Espiritualidade, Família,Cotidiano, Frases, Reflexão

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Os Pingos De Chuva!
 

Estava muito quente naquele dia, as flores do jardim não sabiam mais o que fazer para se protegerem daquele sol forte, muitos passarinhos tentavam ajudá-las levando em seus bicos pequenas gotas de água para tentar saciar a sede que elas sentiam, mas não estava adiantando muito, as pobres florzinhas de uma em uma iam desmaiando de sede, de calor e de falta de sombra.

O que podemos fazer para ajudá-las?  - Perguntou o beija-flor.

Tudo o que estava ao nosso alcance fizemos, nossos bicos são pequenos demais para levar água suficiente para saciar a sede das flores. – Falou a borboleta.

Mas temos que fazer mais, elas vão morrer se não beberem água! Vamos agora mesmo falar com o sol. – Falou o beija-flor.

Falar com o sol? Ninguém fala com o sol! – Disse a borboleta.

Mas nós iremos agora mesmo.

O beija-flor voou o mais rápido que pôde em direção ao sol e a borboleta seguiu atrás dele.

Sol, sol! – Gritou o beija-flor.

Quem me chama?  - Respondeu o sol.

Somos nós, o beija-flor e a borboleta. Queríamos te pedir um favorzinho...

Que favorzinho seria esse?

Precisamos que você não aqueça tanto a terra, nossas amigas flores estão muito secas por sua causa.

Ó pequeno beija-flor, muito bonito da sua parte vim até aqui pedir minha ajuda para salvar suas amigas flores, mas nada posso fazer, vá procurar as nuvens, quem sabe elas podem te ajudar.

O beija-flor e a borboleta se despediram do sol e foram atrás de alguma nuvem pelo céu, mas estava muito difícil, o céu estava lindamente azul sem nenhuma nuvenzinha branca.

Beija-flor, falou a borboleta, vi logo cedo umas nuvens se formando no céu, se voarmos mais um pouco, acho que podemos encontrá-las.

E eles voaram, voaram muito pelo céu... até que encontraram muito longe do jardim das flores umas nuvens um pouco cinzas.

Olá nuvens, falou o beija-flor, precisamos da ajuda de vocês.

Em que podemos lhes ajudar? - Falaram as nuvens.

Em um jardim, não muito longe daqui, existem lindas flores que estão morrendo de sede e calor por conta do sol forte que está fazendo por lá, já fomos pedir para o sol nos ajudar, mas ele falou que não poderia fazer nada e que nós procurássemos vocês.

Pequeno beija-flor e pequena borboleta, muito bonita a atitude de vocês tentando ajudar as lindas flores do jardim. Estávamos nos preparando para chover aqui neste lugar, mas vocês chegaram mesmo na hora em que nossas primeiras gotas iriam cair.

Será que essas gotinhas de chuva não poderiam cair bem em cima do nosso jardim? – Perguntou a borboleta.

As nuvens se entreolharam e falaram:

Ótima ideia borboleta!

O beija-flor e a borboleta estavam felizes demais, saíram voando radiantes e as nuvens o seguiam logo atrás. Ao chegarem ao jardim, ficaram desesperados, pois todas as flores estavam murchas, caídas e quase sem vida.

As nuvens não pensaram duas vezes e começaram a deixar cair os primeiros pingos de chuva naquele jardim, sobre as belas flores. Assim que os pingos caiam sobre as flores, elas iam criando forças, reagindo, levantando e voltando ao normal. O beija-flor e a borboleta deram um grande abraço de alegria.

Suas lindas flores voltaram ao normal, mas lembrem-se que elas precisam receber água todos os dias. – Falaram as nuvens.

Mas com esse sol fortíssimo é muito complicado elas receberem água todos os dias. – Falou a borboleta.

Não reclame do sol amiga borboleta, ele é muito importante também para a formação da chuva.

Mas como? – Perguntaram os dois de uma só vez.

A água que fica na terra, quando é aquecida pelo sol, evapora e se transforma em vapor de água, este vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir, formando nuvens como nós, e quando ficamos pesadas demais desse vapor de água, essa água acaba caindo formando a chuva.

Então foi por isso que o sol pediu para irmos atrás de vocês.
Claro que sim, o sol é muito esperto!
Na natureza tudo tem um por quê, e isso é fantástico! Falou a borboleta.

Claro que sim borboleta, cada coisinha na terra foi planejada perfeitamente pelo Grande Criador, Ele pensou em tudo, por isso, devemos amar o sol, a chuva, o calor, o frio, tudo tem um por quê. – Falaram as nuvens.

Agora que sabemos como a chuva se forma, iremos ficar sempre de olho em nuvens como vocês pelo céu e pedir para sempre que possível deixar algumas gotinhas de chuva aqui, em nosso jardim. – Falou o Beija-flor.

As florzinhas que estavam radiantes, felizes, belas e cheirosas começaram a cantar uma linda canção e todos no jardim agradeceram por mais um dia de sol, de chuva, pela natureza e por fazerem parte deste universo maravilhoso chamado terra.

Não sabemos o que seria de nós sem a ajuda de vocês queridos amigos beija-flor e borboleta. – Falaram as flores.

Não precisa agradecer flores, faríamos tudo novamente se preciso fosse, devemos sempre ajudar uns aos outros. – Falou o beija-flor.

Verdade, ajudar sempre! – Falou a borboleta.

E aquele não foi um dia como outro qualquer naquele jardim, foi um dia repleto de ensinamento, alegria, solidariedade, amizade e principalmente muito amor. E que dias assim, sempre possam existir pelos jardins da vida!

sábado, 18 de abril de 2020


A Princesa e a ervilha



ERA UMA VEZ um príncipe que viajou pelo mundo inteiro à procura da princesa ideal para se casar. Tinha de ser linda e de sangue azul, uma verdadeira princesa!

Mas depois de muitos meses a viajar de país em país, o príncipe voltou para o seu reino, muito triste e abatido pois não tinha conseguido encontrar a princesa que se tornaria sua mulher.

Numa noite fria e escura de inverno, quando o príncipe já pensava ser impossível casar com uma princesa, houve uma terrível tempestade. No meio da tempestade, alguém bateu à porta do castelo. O velho rei intrigado foi abrir a porta. Qual não foi a sua surpresa ao ver uma bela menina completamente molhada da cabeça aos pés.

A menina disse: “poderei passar a noite aqui no seu castelo, senhor? Fui surpreendida pela tempestade enquanto viaja já de volta para o meu reino. Estou com fome e frio e não tenho onde ficar…”.

O rei desconfiado perguntou: Sois uma princesa? A princesa respondeu timidamente: “Sim, senhor”.

“Então entrai, pois seria imperdoável da minha parte deixar-vos lá fora numa noite como esta!” Respondeu o rei, não muito convencido de se tratar mesmo de uma princesa.

Enquanto a princesa se secava e mudava de roupa, o rei informou a rainha daquela visita inesperada. A rainha pôs-se a pensar e, com um sorriso matreiro, disse “vamos já descobrir se se trata de uma verdadeira princesa ou não…”.

A rainha subiu ao quarto de hóspedes onde ia ficar a princesa e, sem ninguém ver, tirou a roupa de cama e colocou por baixo do colchão uma ervilha. De seguida colocou por cima da cama mais vinte colchões e edredões e, finalmente, a roupa de cama.

Então, desceu a escadaria e dirigiu-se à princesa, apresentando-se, e dizendo amavelmente: Já pode subir e descansar. Amanhã falaremos com mais calma sobre a menina e o seu reino…

A princesa subiu e deitou-se naquela cama estranha que mais parecia uma montanha!

Na manhã seguinte, a princesa desceu para tomar o pequeno almoço. O rei e a rainha já estavam sentados à mesa. A princesa saudou os reis e sentou-se. Então a rainha perguntou: Como passou a noite, princesa?

A princesa respondeu: “Oh, a verdade é que não consegui dormir nada naquela cama tão incómoda… senti qualquer coisa no colchão que me incomodou toda a noite e deixou o meu corpo todo dorido!

O rei levantou-se e, muito ofendido, exclamou: “Impossível! Nunca nenhum convidado se queixou dos nossos excelentes colchões de penas!

Mas a rainha interrompe-o e disse com um sorriso: “Pode sim!” E explicou ao rei o que tinha feito para ver se realmente se tratava de uma princesa ou alguém a querer enganá-los.

A rainha levantou-se e disse a todos:” Só uma verdadeira princesa com uma pele tão sensível e delicada é capaz de sentir o incómodo de uma ervilha através de vinte colchões e edredões!”.

O rei e a rainha apresentaram a princesa ao seu filho o príncipe e ele, mal a viu, ficou logo perdido de amores.


Ao fim de alguns dias, o príncipe casou com a princesa, com a certeza de ter encontrado finalmente uma princesa verdadeira que há tanto tempo procurava.

A partir daquele dia, a ervilha passou a fazer parte das joias da coroa, para que todos se lembrassem da história da princesa ervilha.
O Coelhinho Pirracento

Vivia no bosque verde um coelhinho doce, meigo e macio, mas pirracento. Sempre que via algum animal do bosque tirava sarro dele. Um dia, quando estava sentado à sombra de uma árvore, aproximou-se dele um esquilo, e disse: Olá senhor coelho! O coelho não respondeu.

Olhou, mostrou a língua e saiu correndo. Que mal educado! Pensou o esquilo. A caminho da sua toca, o coelho encontrou um cervo, que também quis saudá-lo. Bom dia senhor coelho! De novo o coelho mostrou a língua ao cervo e saiu correndo.


Assim aconteceram várias vezes com todos os animais do bosque que o coelho encontrava pelo caminho.

Um dia todos os animais decidiram dar uma boa lição no coelho mal educado, e fizeram um acordo para que, quando algum deles visse o pirracento coelho, não o cumprimentasse. Iriam fazer como se não o tivessem visto.

E assim aconteceu. Nos dias seguintes todo mundo ignorou o coelho. Ninguém falava com ele, nem o saudava. Um dia, todos os animais do bosque organizaram uma festa e o coelho ouviu onde iriam celebrar e pensou em ir, mesmo não sendo convidado.

Naquela tarde, enquanto todos os animais se divertiam, apareceu o coelho no meio da festa. Todos fizeram de conta que não o tinham visto. O coelho, constrangido pela falta de atenção dos seus companheiros, decidiu ir embora com as orelhas baixas.

Os animais, com pena do coelho, decidiram ir até a sua toca e convidá-lo para a festa. Não sem antes fazê-lo prometer que nunca mais faria pirraça a nenhum dos animais do bosque. O coelho, muito contente, prometeu nunca mais pirraçar dos seus amiguinhos do bosque, e todos se divertiram muito na festa e viveram felizes para sempre.

FIM

Moral da estória: Procure nunca pirraçar seus pais, seus irmaos, nem amiguinhos.


A andorinha aventureira

Júlia era uma andorinha que adorava voar por aí, pular de galho em galho e cantar cedinho ao raiar do dia. Estava sempre feliz em acordar cedinho e ver papai e mamãe andorinha preparados para mais um dia de cantoria.

Mas não era só eles que ela gostava de ver, Júlia era uma exploradora e assim ia visitar os pássaros da vizinhança!

“Bom dia Seu Pintassilgo! Como vai o senhor?” Dizia Júlia sorridente. “Olá Rouxinol! Que lindo seu canto, Bem-te-vi!” E assim passava o dia a conversar e cantarolar com os outros pássaros.

“Júlia, a andorinha aventureira” era o que se ouvia os pássaros comentarem entre galhos e ramos.

Entre um piu-piu e outro Júlia acabou por conquistar toda a vizinhança, todos gostavam dela e sempre faziam festa quando a viam.

Assim passou-se a primavera, a brincar a a pular, o verão não foi muito diferente, Júlia batia as asas de um lado pro outro, quando o outono chegou Mamãe anunciou:

“Júlia minha filha, quando o frio estiver para chegar vamos migrar. Nós e todas as andorinhas vamos voar juntas, por muito tempo e vamos morar em um ninho novo em um lugar mais quente. Vai ser a sua primeira migração, você está feliz?”.

Mas Júlia não estava feliz, muito pelo contrário! Estava assustada e angustiada. Ela iria deixar seu ninho, suas árvores, e o pior, toda a passarada da vizinhança! E agora? O que ela iria fazer? Ela sentia muito medo e sabia que não queria migrar. Mas por mais que tentasse Júlia não conseguia convencer sua mamãe de que eles deveriam ficar.

“Júlia a andorinha aventureira está com medo?” Dizia sua mamãe “Ora, não tem porque não querer migrar, nós vamos todos juntos para um ninho novo, em um lugar melhor, longe do frio, e você vai fazer muitos amigos!”.

Júlia se despediu de todos os pássaros, dizendo que tinha que migrar com sua família, mas que ia sentir muitas saudades deles. O sábio Rouxinol disse à Júlia “Não precisa ficar triste, nossa querida andorinha! O inverno passa rápido, e antes do próximo verão você estará de volta!” Júlia ficou de bico calado, pensando se o sábio Rouxinol estaria mesmo certo.

E antes do primeiro vento-sul atingir o arvoredo, a comitiva de andorinhas bateu asas rumo ao norte, e com eles a pequena Júlia, esforçando-se para mostrar às outras andorinhas como ela conseguia voar bem e por tanto tempo.

Quando o grupo decidiu pousar, Júlia ficou acanhada, tentando se familiarizar com a nova árvore onde viveriam. Aos poucos ela decidiu explorar o galho, logo ela já queria explorar mais um galho, passeava observando tudo calada, quando de trás de uma folhagem surgiu um Uirapuru que cantou lindamente para ela e disse:

“Olá, olá! Que beleza receber as andorinhas de volta! Seja bem vinda, eu sou o Chico, e você?”

“Júlia. Você conhece as andorinhas?”

“Ah, sim. Elas vem pra cá todo ano.”

De repente eles foram interrompidos por um Tuim que fugia de uma Patativa.

“Olá!” Disse o Tuim “Vocês querem brincar? Nós estamos brincando de voa-esconde”.

E assim Júlia voltou a ser a andorinha aventureira que sempre foi, brincando com as outras aves da floresta, ela fez amigos para toda a vida. E sempre que migrava para o sul para passar o verão, Júlia reencontrava seus antigos vizinhos e assim matava a saudade!”