.Reflexões, Frases, Cotidiano, Pensamentos, Família, Espiritualidade.

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Pensamentos, Espiritualidade, Família,Cotidiano, Frases, Reflexão

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 26-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto
, Laços de Afeto,  para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 Laços de Afeto 

Do poeta e escritor gaúcho Mário Quintana, encontramos uma preciosidade que fala sobre algo muito simples: um laço.

Escreveu ele: Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... Uma fita... Dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola. Vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... Devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah, então, é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.

Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.

E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então o amor e a amizade são isso...

Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

*   *   *

Tem toda razão o poeta em sua analogia. Amor e amizade são sentimentos altruístas.

Quem ama somente deseja o bem do ser amado. Por isso, não interfere em suas escolhas, em seus desejos.

Sugere, opina, mas deixa livre o outro para a tomada das próprias decisões.

Quem ama auxilia o amado a atingir seus objetivos. Nunca cobra o ofertado, nem exige nada em troca.

Quem ama não aprisiona o amado, não o algema ao seu lado. Ama e deixa o amado livre para estender suas asas.

Assim crescem os dois, pois há espaços para ambos conquistarem.

Na amizade, não se faz diferente o panorama. O verdadeiro amigo não deseja que o outro pense como ele próprio pois reconhece que os pensamentos são criações originais de cada um.

Entende que o amigo é uma bênção que lhe cabe cultivar e o auxilia a realizar a sua felicidade sem cogitar da sua própria.

Sente-se feliz com o bem daquele a quem devota amizade. Entende que cada criatura humana é um ser inteligente em transformação e que, por vezes, poderão ocorrer mudanças na forma de pensar, de agir do outro.

Mudanças que nem sempre estarão na mesma direção das suas próprias escolhas.

O amigo enxerga defeitos no coração do outro, mas sabe amá-lo e entendê-lo mesmo assim.

E, se ventos diversos se apresentam, criando distâncias entre ambos, jamais buscará desacreditar ou desmoralizar aquele amigo.

Tudo isso, porque a ventura real da amizade é o bem dos entes queridos. 

Um laço que ata... Um laço que se desata..

Aqueles a quem oferecemos o coração, poderão se distanciar, buscar outros caminhos, atravessar outras fronteiras.

Eles têm o direito de assim proceder, se o desejarem. De nossa parte, lembremos da leveza do laço e cuidemos para que não se transforme em nó, que prende e retém.

 

Redação do Momento Espírita, com base em versos do poeta Mário Quintana e no cap. 12, do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Evangelho no Lar 🏡 

 Quinta-feira dia 19-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Ainda e Sempre a Gentileza , para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 Ainda  e Sempre a Gentileza 

A Terra, em sua transição de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração, apresenta, todos os dias, grandes tragédias.

São aquelas provocadas pela natureza em fúria, que se traduzem em terremotos, ciclones, furacões, chuvas intensas.

São aqueloutras, provocadas pelo ser humano, em sua forma ainda familiarizada com a maldade e que produzem muitas lágrimas.

Também tragédias provocadas pelo ceticismo e pelo fanatismo que crescem desequilibrando mentes e corações, afastando pessoas queridas...

Por isso, em meio à indiferença que gera frieza, amargura e até revoltatentemos cultivar o que é básico, essencial, primordial mesmo para uma vida mais leve e feliz: a gentileza!

Encontremos espaço e tempo para cultivá-la em nossas relações, exercitando-a em atitudes simples e possíveis.

Poderão parecer sem maior importância. No entanto, são preciosos momentos que podemos ofertar de nós, sem esforço algum.

Por exemplo, um olhar compreensivo ante o equívoco de alguém. Um abraço festivo. Um sorriso de contentamento.

A gentileza de permitir a pessoa atravessar a rua, enquanto aguardamos com nosso carro.

No ceder um lugar no transporte público. Pode ser a um idoso, uma senhora grávida, alguém com uma criança ao colo ou com muitas compras.

Na gratidão a um garçom, um frentista, um caixa de banco ou supermercado.

Pensemos em quantas horas eles devem permanecer em seus postos, atendendo e atendendo. Como se sentirão gratificados pela gentileza do nosso Muito obrigado.

Exercitemos a gentileza também no pedido de desculpas sincero. Afinal, quem não comete erros e faltas neste mundo?

No respeito a uma fila que já existia antes da nossa chegada, mesmo que estejamos com pressa pelo compromisso de logo mais.

Na paciência com alguém lento ou apressado.

Na mensagem otimista que compartilhamos sem excessos e neuroses.

Na ligação apenas para saber como o outro tem passado. Numa informação que damos, detendo o passo, atenciosos.

Numa qualidade que reconhecemos em alguém e com prazer verbalizamos para a própria pessoa.

Numa lágrima que discretamente enxugamos no rosto alheio. Num enxoval que silenciosamente providenciamos.

Numa planta que sem alarde regamos.

Numa alegria que dividimos.

Num café que oferecemos.

Numa oração por quem precisa.

No pão que podemos providenciar a quem tem fome.

No respeito a quem pensa e vive de um jeito diferente do nosso.

Na gratidão a quem nos beneficia.

No relevar a falta de um amigo.

No cuidado com um animal.

Tudo isso está ao nosso alcance fazer sem prejuízo para os nossos compromissos, investimentos, compras, viagens, tratamentos e redes sociais.

Basta que tenhamos vontade e julguemos importante o cultivo desse cuidado.

Não esperemos por governos, autoridades, líderes religiosos, guias, anjos, todos importantes em seus respectivos papéis entre nós.

Façamos antes a nossa parte e encontraremos a alegria e a paz que tanto desejamos, que não vêm por atacado. Elas chegam como a chuva fina, mansa e discreta, no grande varejo da nossa existência.

Redação do Momento Espírita, com base
no texto 
Gentileza, de Cezar Braga Said.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Evangelho no Lar 🏡 

 Quinta-feira dia 12-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, Quando Deixamos de Ser Crianças?, para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 Quando Deixamos de Ser Crianças.?

Todos nascemos bebês, passamos pela fase da infância, alcançamos a juventude e amadurecemos, no contar dos anos.

O que é inusitado no processo é que, apesar de termos tido as mesmas experiências da inocência infantil, da ignorância de tantas coisas, ao nos tornarmos adultos, é como se esquecêssemos do que fizemos, do que éramos.

É de nos perguntarmos: quando foi que deixamos de ser crianças? Quando foi que assumimos o papel do adulto de carantonha, parecendo zangado com o mundo?

Quando foi que deixamos de apreciar algumas coisas simples, mas que nos davam tanto prazer?

Lembramos que, em dias chuvosos, fazíamos questão de andar pelas sarjetas inundadas, para sentir a água da chuva subindo além dos tornozelos.

E, ainda, tínhamos o capricho de ir chutando, para vê-la erguer-se, ofendida, e depois cair sobre nossos pés.

Fazíamos isso, a caminho da escola, sem nos importarmos em ficarmos com o uniforme molhado, na sala de aula. Valia o prazer da aventura.

E, era bom enfrentar no retorno ao lar, as ruas enlameadas, onde nos permitíamos ir deslizando, deslizando, não raro caindo.

Tudo era risos, divertindo-nos uns com os outros. Sabíamos que uma bela bronca nos aguardava ao chegar em casa. Mas, o importante era a diversão.

Coisas simples, de meninos do Interior, de anos passados.

Quando foi que esquecemos disso?

Quando foi que esquecemos de como era fácil, sem dinheiro algum, nos divertirmos?

Apostar corrida da casa ao armazém, com os irmãos. Apostar quem chegaria primeiro, quem conseguiria levar mais sacolas na sua bicicleta.

Bolinha de gude, coleção de figurinhas. A reunião com a turma antes do cinema do domingo, para trocar as figurinhas duplas, para se conseguir aquela bolinha de gude especial, colorida, bem lisinha, que o nosso amigo possuía.

E aguardávamos o dia certo do gibi chegar na banca. Quem tivesse dinheiro, comprava e lia com os amigos. Era importante porque algumas histórias eram divididas em episódios.

Não se poderia perder a continuação. Aprendíamos a emprestar, a dividir.

Por que será que agora, maduros, esquecemos de como é bom compartilhar, ceder?

Que o bom é ter amigos, muitos amigos para rir de coisas boas, para conversar do que se fez, da tolice que cometemos, sobre o negócio que não vai muito bem.

Quando foi que deixamos de ser crianças e começamos a guardar tudo para nós: o bom que vivemos, o mal que nos alcança?

Quando foi que esquecemos que fomos crianças?

*   *   *

Todos os dias, a vida nos brinda com suas surpresas. A natureza nos oferece o sol, o vento, o perfume das flores.

Também a chuva, o frio, a neve.

Alimentemos a criança que dormita em nós e utilizemos, ao menos uma parte do nosso dia, para as coisas importantes: admirar o nascer do sol, uma flor, dia a dia, desabrochando, abrindo a sua corola, pétala a pétala.

Os pássaros em algazarra nas árvores, o gato que se espreguiça ao sol, ainda sonolento.

A borboleta que visita nosso jardim, o beija-flor em seu voo ligeiro, recolhendo o néctar das flores.

Comecemos hoje a despertar a nossa criança, e verificaremos como seremos muito mais felizes, mesmo que as tarefas sejam muitas, que a conta bancária esteja quase no vermelho, que a enfermidade nos abrace.

Retornemos a sentir prazer nas coisas simples, nas coisas grandiosas com que Deus nos brinda a cada dia.

 

Redação do Momento Espírita. 


quarta-feira, 4 de outubro de 2023

 Evangelho no Lar 🏡 

Quinta-feira dia 05-10 às 20h30min (horário flexível) Evangelho no Lar!

Segue  como sugestão, Pai Nosso/ e o texto, O Menestrel de Deus, para leitura e reflexão

Fazer a Oração de abertura do Evangelho, a que toque mais o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

 O Menestrel de Deus

Ele era um jovem nascido em Assis. Na sua mocidade, era alegre, apreciava cantar e sair com amigos.

Pensava em se tornar um cavaleiro, defensor de pobres e oprimidos.

Partiu para uma batalha, foi feito prisioneiro e retornou ao lar quase um ano depois, enfermo.

Nunca mais foi o mesmo. Dentro de si sentia que tinha algo muito importante a realizar na Terra.

Então, ouviu uma voz que o convidava a agir. Francisco de Assis atendeu o convite e causou grande revolução no pensamento religioso da época.

Ele se dizia o menestrel de Deus. Amava a música e compunha canções. Fazia um arco de viola imaginário com um graveto e cantava para seus amigos, enquanto andava pelas estradas.

Embora não tenhamos registro da melodia, os versos de algumas dessas composições emocionam até hoje.

Um dos grandes hinos que ele deixou brotar de sua inspiração é uma canção adiantada vários séculos em relação a seu tempo. Uma canção de sensibilidade e, podemos acrescentar, também ecológica.

Francisco dizia que a criação de Deus não era somente bela, mas também era boa. Era boa porque retratava a bondade do Criador.

Francisco reconhecia tudo o que havia na criação como irmã, irmão e amigo seu.

Ele amava o sol, a lua e as estrelas, o vento, o ar, a água, o fogo. Todo ser vivo, tudo que brotava da terra.

Mesmo quando a cegueira lhe apagou a luz dos olhos, ele continuou a compor. As cores das flores eram somente lembranças, mas ele as louvava em cânticos.

Para Francisco, a fraternidade ia além das pessoas. Tudo, dizia ele, vem de Deus, está ligado a Deus e encontra seu sentido em Deus.

A canção Louvação a Deus foi composta após uma noite exaustiva de muitas dores físicas. É o primeiro exemplo de poesia em italiano vernáculo.

Altíssimo, todo poderoso, bom Deus, a Ti o louvor,

A glória e a honra e todas as bênçãos.

A Ti somente, Altíssimo, elas pertencem

E homem algum é digno de mencionar Teu nome.

Sê louvado, Senhor, com as Tuas criaturas,

Especialmente o senhor irmão sol

Que é o dia e por meio do qual nos dás a luz.

E ele é belo e radioso com grande esplendor

E feito à Tua semelhança, Altíssimo.

Sê louvado, Senhor, pela irmã lua e as estrelas

No céu as formaste, claras, preciosas e belas.

Sê louvado, Senhor, pelo irmão vento, e pelo ar nublado e sereno

E todos os tipos de clima por meio dos quais dás sustento a Tuas criaturas.

Sê louvado, Senhor, pela irmã água,

Que é muito útil e humilde, preciosa e pura.

Sê louvado, Senhor, pelo irmão fogo, por meio do qual iluminas a noite

E ele é belo e alegre.

Sê louvado, Senhor, por nossa irmã, a mãe terra que nos sustenta e governa e que produz variados frutos, com flores e ervas coloridas.

O jovem e romântico trovador se tornara o menestrel de Deus. 

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
 
Quinze (1225-1226), do livro Francisco de Assis, 
o santo relutante, de Donaldo Spoto,